Sinto uma calma
E os raios silenciosos
Iluminam as ideias
A chuva cai lentamente no cimento da calçada
Lavando e levando todos os passos dados durante o dia
Meu corpo celebra cada minúsculo pingo, chuvisco que me chega no rosto
Esperando e se aconchegando até formar uma chuva mais grossa e constante.
Eu quero você no desejo do momento saciando minha sede de tudo. E de tudo ainda guardar mais um pouco pra depois. E depois colecionar cada pedaço de você, de nós dois e nossa história.
A chuva é meu cenário e meu corpo se liberta em cada cena criada no movimento que nasce de instantes que chegam prontos, livres, novos, exatos, perfeitos.
Tudo ao redor, carros transeuntes paralelepípedos vendedores de guarda-chuva, tudo passa por nós ao atravessarmos os limites dessa cidade.
Ao burlarmos as regras, a ordem, o caos nos abençoa. Derramamos as mágoas escorrendo em nossos corpos. Lavando as feridas lambidas. Curando os cortes e aguardando o tempo levar as marcas de dor.
Wednesday, January 04, 2017
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